quarta-feira, 27 de abril de 2016

Critérios na escolha da região onde morar

Vamos falar sobre os nossos critérios para escolher o Extremo Oeste Catarinense como nosso novo lar. Quando pensávamos em mudar sempre tínhamos a ideia de viver em algum lugar que atendesse alguns critérios:

- menos violência;
- menos calor;
- mais natureza;
- mais espírito comunitário;
- menos individualismo;
- menos consumismo;
- custo de vida mais barato;
- custo da terra mais em conta;

Além disso queríamos ficar um pouco mais perto das nossas cidades natais, já que vivíamos entre 1600 a 2000 km de onde nascemos.

Rapidamente os nossos critérios limitaram as nossas opções a Região Sul do Brasil. Fomos descartando as capitais (Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre) e seus entornos, primeiro por serem locais de violência, individualismo, custo de vida e consumismo crescente e segundo por serem locais de natureza e espírito comunitário decrescente. Definitivamente queríamos ficar longe de trânsito, poluição, shoppings e apartamentos. Depois descartamos grandes cidades como Joinville, Caxias do Sul, Londrina e Maringá e seus entornos pelos mesmos motivos. A seguir optamos por ficar longe do litoral pela terrível experiência de viver 30 anos em uma cidade litorânea e saber que o pior turista que existe no mundo é o veranista de praia. Viver na praia é um inferno a cada temporada e feriado. Fizemos visitas em muitas regiões, inclusive das cidades anteriormente citadas: conhecemos todas as cidades que compõe a região Sul de Santa Catarina (maior cidade é Criciúma), conhecemos 17 cidades da Serra Gaúcha, visitamos todas as cidades da Serra Catarinense e por aí vai. Uma das nossas primeiras opções era a Serra Catarinense, que tem uma natureza espetacular, mas nos desagradava em dois pontos: a cultura local, tendo em vista que as cidades são um pouco largadas, a população parece ser um pouco abandonada por todos e por si mesma e o fato de ser uma região turística próxima da capital, definitivamente não somos fãs de turistas.Mas havia uma região com pouca informação a respeito. E fomos conhecer essa região apenas em 2015.

Essa região era o Extremo Oeste Catarinense cuja capital regional é São Miguel do Oeste, cidade de 40 mil habitantes. Quase descartamos a região sem conhece-la. Quando finalmente decidimos conhecer a região descobrimos um lugar que atendia todos nossos critérios! A região foi toda efetivamente colonizada de forma ordenada por alemães, italianos e poloneses a partir do início dos anos 1950. É uma região de relevo montanhoso, com cânions, cachoeiras, florestas. Uma área rural bonita, desenvolvida e bem organizada. Uma população com forte espírito comunitário, extremamente acolhedora. Uma temperatura agradável com estações bem definidas. Um lugar que não tolera gente individualista (em outro momento explicarei isso). Um custo de vida mais baixo assim como os custos da terra. Casas sem muros e sem grades com as portas abertas o tempo todo, com bicicletas soltas no quintal, carros estacionados abertos, vidraças de lojas sem grades, etc. Enfim quase sem querer encontramos aquilo que queríamos. Pequenas cidades com IDH elevado. A própria São Miguel do Oeste possuí o 39º melhor IDH do Brasil. Diminuímos a distância dos nossos amigos e parentes em quase 1000 km ficando dentro de uma distância mais confortável (nosso critério era ficar a até 12 horas de viagem para fazer o percurso apenas durante o dia) e ainda assim ficamos longe das temíveis cidades grandes (estamos a 1h30 de Francisco Beltrão – 90 mil hab., 2h00 de Pato Branco – 75 mil hab., 2h40 de Chapecó – 170 mil hab., 3h20 de Cascavel – 270 mil hab., 4h10 de Guarapuava – 150 mil hab., 4h40 de Foz do Iguaçu – 260 mil hab., não há outras cidades maiores que essas mais próximas).

Encontramos nosso lar!

O Extremo Oeste Catarinense!

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Deixar a cidade e viver no campo: uma primeira postagem

A cidade grande proporciona muitas coisas para as pessoas: anonimato, consumismo e individualismo são três das principais marcas das cidades grandes. Nela você tem acesso a tudo que você precisa comprar ou locais onde pode gastar seu dinheiro. Nela você tem seu tempo bastante ocupado para não precisar pensar muito: trânsito para poder ir a todos lugares, dificuldades de estacionar, preocupações constantes com violência, necessidade de muito dinheiro e consequentemente muito trabalho para pagar as contas. Você não precisa se preocupar com seu vizinho afinal, você normalmente nem o conhece. São ambientes ótimos para criar filhos pois eles são praticamente obrigados a ficar dentro de casa no vídeo game ou TV ou quando você tem mais dinheiro eles podem "brincar" dentro do condomínio. Enfim, a cidade é tudo de bom para quem é vazio, pensa apenas em si mesmo, em ganhar dinheiro e gastar dinheiro.

Esse não é o nosso caso!

Amamos a natureza! Adoramos praticar esportes ao ar livre. Na verdade adoramos atividades na natureza: caminhadas, corridas, camping, piqueniques, canoagem, bike, pesca, fotografia, tiro, contemplação de paisagens, conversas em volta de fogueiras, cultivo de plantas, criação de animais, e mais uma infinidade de coisas. Tudo o que gostamos está limitado nas cidades. Adoramos pessoas simples que te dão valor pelo que você é e não pelo que você tem, e assim são as pessoas que vivem da terra em sua maioria! Lamentamos pelas pessoas que perdem uma vida trabalho em trabalhos que não gostam para ter coisas que não precisam, como por exemplo carros caros. Entre pagar trezentos reais num jantar caro ou aprender a fazer um novo prato e ficar em casa curtindo uma música na frente da lareira preferimos mil vezes a segunda opção!

Não precisamos falar mais nada porque escolhemos viver no campo!

E temos certeza que se você está lendo isso é porque tem suas dúvidas se viver na cidade vale a pena.

Continue conosco e nos acompanhe na nossa recém iniciada jornada de sair da cidade e ir viver no campo.